· Cl 4.2,3 - mesmo preso e algemado, Paulo pedia que a igreja orasse, não para que fosse solto, simplesmente, mas para ter oportunidade de seguir falando de Cristo;
· Fp 1.19 - estava preso e confiava que as orações da igreja lhe produziriam libertação;
· Ef 6.18-20 - estava preso e confiava que as orações da igreja fariam com que sua pregação fosse eficaz e cheia de ousadia;
· Rm 15.30-31 - orava para ser guardado da violência dos homens para servir aos santos.
Do mesmo modo, Paulo confiava que seriam suas orações que confirmaria as igrejas na fé e no serviço ao Senhor e não só seu ensino:
· Rm 1.9-11 - dependia de Deus em oração, buscando ocasião para visitar as igrejas;
· Ef 1. 15-23; 3.14-21 - entendia que todo esforço para edificação seria em vão, se Deus não revelasse Sua verdade ao coração dos irmãos, então, não cessava de orar;
· Fp 1.4,9,10 - súplicas, com alegria, em todas as orações, pela firmeza da igreja e para que continuassem crescendo em amor e no conhecimento de Deus, para serem perfeitos;
· Cl 2.2; 4.12 - ele e Epafras lutando e se esforçando sobremaneira para que os discípulos permanecessem perfeitos, convictos da vontade de Deus e vinculados em amor;
· 1Ts 1.2,3 - parece que Paulo encontrava seu lazer lembrando, diante de Deus, da firmeza e constância das igrejas;
· 1Ts 3.10 - mesmo quando julgava necessária a sua presença para corrigir deficiências na fé da igreja, orava noite e dia, com máximo empenho, para que o Senhor lhe proporcionasse boa oportunidade.
Expressões como lutar, se esforçar sobremaneira, com toda diligência, com máximo empenho, demonstram que a oração além de ser um prazer, um desfrutar da comunhão e presença de Deus em momentos específicos e ao longo de todo o nosso dia é, também, um exercício consciente que exige disciplina e determinação. Jesus fala do “dever de orar sempre, sem nunca esmorecer” (Lc 18.1).A oração move os céus! A oração convence Deus de que não confiamos em nós mesmos, que somos incapazes e que, de fato, dependemos dEle. Não existe real dependência de Deus onde não existe oração!
Ensinamos que arrependimento é deixar de ser independente para ser dependente de Deus. Isto é bíblico e correto. Mas a pergunta é: quantos de nós, de fato, depende de Deus?
Quantos de nós traduz, esta dependência, em oração perseverante, com súplicas e ações de graça, com toda diligência, com máximo empenho, se esforçando sobremaneira? Como Deus se convencerá que somos fraquinhos e nada podemos por nós mesmos se nos apresentamos tão pouco diante dEle, em oração?Quando Jesus falava aos discípulos da destruição de Jerusalém, Ele orientou: “Orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno...” (Mt 24.20). A oração não poderia alterar o decreto de Deus de destruir a cidade, mas poderia alterar a data, para que o povo sofresse menos. A oração move os céus! Os caps 4 e 5 de Atos relatam três prisões dos apóstolos. Já estava virando rotina. Quando Herodes mandou prender Tiago não há registro de uma reação da igreja (At 12.1,2). Então Tiago foi decapitado e Pedro foi preso tendo sua morte decretada. Neste ponto a Escritura registra uma reação da igreja: “... mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja em favor dele” (At 12.3-5). O resultado é que um anjo do Senhor livrou Pedro da prisão e da morte! (At 12.6-12). Ao procurar os irmãos naquela noite, Pedro os encontrou orando. Fico me perguntando: será que Pedro seria liberto se a igreja não tivesse orado?Não conheço outro povo que seja tão dependente do Corpo, que busque tanto o conselho da igreja como nós. Por outro lado, não existem muitos grupos que se dediquem tão pouco à oração como nós. Somos sacerdotes que falam aos homens sobre Deus, mas quase não falam a Deus sobre os homens. A.W.Tozer diz que ninguém deveria se atrever a falar de Deus aos homens sem antes, gastar muito tempo, em oração, falando dos homens a Deus.
Amados, suportem a presente palavra de exortação. Tenho razões para buscar despertar a consciência esclarecida de vocês. Eu e minha família precisaremos, como nunca, de suas orações.
Estamos indo a um povo e a uma região onde, a mais de 1.200 anos não existe uma expressão clara da igreja de Deus. A igreja foi destruída e varrida destas regiões. Não há registro ou testemunho de um avivamento entre os chamados muçulmanos históricos.Não há conversões em massa. De alguma maneira, que eu não entendo, a igreja aceitou a mentira de que isso é normal. De que é uma região difícil e que não se deve esperar muito. Eu quero continuar crendo que a condição para um avivamento não é a resistência do povo a ser alcançado, mas a atitude da igreja: sermos Sacerdotes e Profetas.O sacerdote que se compadece dos ignorantes e dos que erram (Hb 5.1,2). Que não tem tempo para ter pena de si mesmo e, então, ora, clama, chora, jejua e sofre para que Deus entre nas casas, nas cidades, nas nações, de tal modo que “a terra se encha do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Hc 2.14).Não poucas vezes me tranquei em meu quarto para chorar e gemer e dizer: Senhor, ninguém pode te proibir, mas Tu estás proibido naquelas terras há quase 1.400 anos! Lembrava-me da minha conversão, quando o Espírito Santo me mostrou meus pecados e minha condenação e, depois, mostrou-me o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e eu pude invocar meu Salvador, dizendo – Hosana, ou seja, salva-me, por favor! Então, perguntava: Senhor, eles não podem experimentar isso? Não podem crer? O Espírito Santo não sopra nestes desertos? A resposta do Senhor ao meu coração era sempre a mesma:
“Como invocarão Aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?”
Era como se o Senhor dissesse:É tua responsabilidade! Como serei conhecido se a igreja não for e não me anunciar? “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” (Is 6.8). Aqui entra a atitude profética da igreja. Ao profeta cabe tornar conhecida a vontade de Deus e confrontar o engano com a verdade. Onde não há confronto a verdade não se estabelece!Não estou indo como indivíduo, como profeta solitário. Estou indo como igreja, estando absolutamente convencido que a atuação sacerdotal da igreja, intercedendo aqui, será tão ou mais importante quanto minha presença profética, proclamando a verdade lá.Sei que haverá muitas dificuldades. Estamos indo a uma guerra e não a um “pic-nic”. Não desprezo a oposição de Satanás (1Ts 2.18; Ef 6.10-12). Ele não ficará assistindo seu reinado ser ameaçado e irá se opor de todas as formas. Não desprezo, mas também não me assusto, pois temos do Senhor Jesus uma ordem e uma promessa: “Ide e fazei discípulos de todas as nações” (Mt 28.18-20) e “...as portas do inferno não prevalecerão...” (Mt 16.18).Minha esperança e fé quanto a tudo isto é que o Senhor levantará, naqueles desertos, uma igreja que será como uma cidade sobre o monte, que não se pode ocultar. Uma candeia colocada no velador e não debaixo da mesa. Uma igreja que será sal e luz, para glória de Deus (Mt 5.13-16). Aleluia!
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Reflita o mundo dormi nas trevas
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